O Observatório INSIGHT foi criado através de uma parceria entre a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) e a E-Monitor para compreender a realidade da internacionalização das PME.
Os resultados do inquérito foram apresentados numa cerimónia que teve lugar no dia 12 de janeiro, na Câmara do Comércio, em Lisboa.
Entre 1000 empresas abordadas, este primeiro inquérito contou com as respostas de 873 PME: 30% do setor industrial, 25% dos transportes, alojamento e serviços de “porta aberta” e 15% do comércio a retalho. Uma taxa de resposta de 87,3% que Rui Dias Alves, responsável do projeto, considerou um sucesso.
Em suma, uma das maiores conclusões a retirar deste estudo é a de que as empresas têm noção que precisam da internacionalização para ter sucesso e, de facto, concretizam essa ideia. 35% das empresas internacionalizadas já estão presentes em mais de cinco mercados, maioritariamente, em Espanha (51%), Angola (43%) e França (41%).
Um desses casos é, precisamente, a Ship4you, uma das empresas inquiridas com forte presença em França que se justifica pela predisposição dos franceses para as compras online. Cristina Coelho, CEO da Ship4you, entrevistada no âmbito deste estudo, lamentou ao ECO – portal de notícias sobre Economia Online – a dificuldade em conquistar o mercado português, pois é um dos seus grandes objetivos. No entanto, considera que “o mercado externo tem chegado para aguentar o negócio, que se afirma intermitente, devido à dependência constante das vendas dos seus clientes”.
A Ship4you é, precisamente, um exemplo real da capacidade de ajustamento das PME portuguesas: “Temos a facilidade de por em prática testes em mercados como a Ucrânia, porque o nosso sistema tem essa capacidade de falar várias línguas. Neste momento, estamos a receber e a registar encomendas em japonês.”, adiantou Cristina Coelho.
A CEO acrescenta ainda que o que se faz em Portugal é bom e deve ser aproveitado ao máximo: “Tenho cá os armazéns e faço expedições daqui para França, utilizando os nossos correios e as pessoas perguntam-me porquê. Tem a ver com a nossa capacidade de desenrasca, de conseguirmos dar a volta a determinado tipo de soluções, com a nossa qualidade de serviço e com a qualidade de serviço dos nossos correios que, contra tudo e contra todos, têm qualidade”.
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